quinta-feira, 26 de março de 2015

Concessionária que assumirá Ponte diz que via poderá ganhar ligação com a Zona Sul

Segundo EcoRodovias, acesso seria feito por elevado que seguiria até a Linha Vermelha, sentido Rebouças

POR HENRIQUE GOMES BATISTA

26/03/2015- O Globo


Nova administração da Ponte Rio-Niterói quer melhorar a fluidez - Custódio Coimbra / Agência O Globo (16/01/2014)

SÃO PAULO — A empresa EcoRodovias, que assumirá a Ponte Rio-Niterói em 1º de junho já com um grande teste pela frente — o feriadão de Corpus Christi, no dia 4 —, estuda a adoção de faixas reversíveis e informa que poderá negociar a construção de uma ligação direta com a Zona Sul. O acesso seria feito por meio de um elevado que seguiria até a Linha Vermelha, sentido Túnel Rebouças. Segundo o engenheiro Alberto Luiz Lodi, que será o presidente da concessão, a obra, se for considerada necessária, poderá justificar um ajuste no contrato.

— Essa obra não está prevista, mas, se for necessária, poderemos negociá-la. Na Ecovias, em São Paulo, não estava prevista, por exemplo, a construção do Anel Viário de Cubatão, mas negociamos com o poder concedente e fizemos a obra, que conta com 2,8 quilômetros de viadutos, em 22 meses. Administrar uma rodovia é um processo dinâmico — disse Lodi, que está no grupo há quase dois anos.

Lodi diz que a adoção das faixas reversíveis pela Ecoponte — nome que a concessão deve adotar — já está em estudo, mas frisou que ainda é cedo para dizer como e quando poderá ser adotada. Há alguns anos, a atual concessionária, CCR Ponte, chegou a usar esse sistema.

— O uso de medianas móveis é algo que pode ser implementado. Obviamente, é preciso estudar isso, mas há no mundo diversos exemplos de barreiras móveis seguras, o que poderia levar à derrubada da mureta central. Nós já temos um sistema semelhante na ligação entre São Paulo e a Baixada Santista, que permite que as duas estradas sejam completamente flexíveis — disse o futuro presidente da nova concessionária em sua primeira entrevista após o leilão da Ponte Rio-Niterói, na semana passada.

ANTECIPAÇÃO DE TRABALHOS

Presidente da EcoRodovias, Marcelino Rafart de Seras diz ainda que a Ponte poderá ter as obras obrigatórias previstas no contrato antecipadas. A intenção é melhorar a fluidez do trânsito, mesmo com a redução do pedágio, que passará dos atuais R$ 5,20 para R$ 3,70:

— Não queremos prometer, mas a empresa tem um histórico de antecipar obras, tem sido assim na história do grupo. Não é um compromisso, mas é uma vontade, não só para melhorar para a população, mas melhorar a fluidez da via e ampliar o movimento. E quando concentramos numa obra e a realizamos de maneira mais célere, conseguimos reduzir o custo.


Segundo Lodi, a concessionária, que tem um contrato de 30 anos pela frente, conta com experiência em obras que não interferem nas vias durante a fase de execução. A EcoRodovias fará a ligação da Ponte com a Linha Vermelha, sentido Baixada, e com a Avenida Brasil, por meio da chamada Avenida Portuária. Pelo contrato, as intervenções devem ficar prontas em quatro e cinco anos, respectivamente. A empresa também será obrigada a instalar mais duas cabines de pedágio em Niterói.

O presidente da EcoRodovias voltou a dizer que está totalmente confiante e confortável ao diminuir o valor do pedágio. Marcelino Seras defendeu que a tarifa será justa para o usuário, a empresa e seus acionistas:

— Temos absoluta certeza de que faremos um bom trabalho, a tarifa de pedágio é totalmente condizente. Na Ponte, teremos uma estrutura enxuta, voltada à operação — disse, lembrando que a maior parte das obras já conta com licenciamento prévio e projeto executivo.

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