terça-feira, 21 de setembro de 2010

Região lidera ranking das rodovias



21/9/2010
Correio Popular (SP)

A região de Campinas conta com seis das melhores rodovias do Brasil conforme rankings divulgados pelo Guia Estradas 2011 da revista Quatro Rodas e pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).     O guia da Quatro Rodas enumera as dez melhores estradas brasileiras a partir da avaliação de uma equipe de 16 repórteres que viaja por rodovias em todo o País. Segundo o editor de estradas da publicação, Fernando Leite, são levados em conta vários critérios para estabelecer a ordem entre as melhores, como sinalização, pavimentação, realização de obras e atendimento ao usuário. "Consideramos também aspectos que são importantes para o viajante e que não necessariamente têm a ver com a administração da via, como a presença de bons postos de combustíveis e paradas de lazer", explicou.

A Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) ocupa a primeira posição como a melhor rodovia no Brasil, segundo o guia. No quinto posto está a Governador Doutor Adhemar Pereira de Barros (SP-340), seguido pela Anhanguera, em sexto. "É uma região muito bem servida pelas estradas. Tanto a Anhanguera como a Bandeirantes estão sempre presentes entre as melhores. Já a Adhemar de Barros apareceu no ano passado na lista e tem subido no ranking graças aos trechos que foram duplicados e às melhorias no asfalto", afirmou.
  
Acostumada a figurar no top 10 de estradas da publicação, a D. Pedro I ficou de fora neste ano, principalmente por causa da evolução de outras vias verificadas pelo levantamento, segundo a publicação.
  
A Pesquisa CNT de Rodovias 2010 enumera as dez melhores e as dez piores ligações rodoviárias, considerando 109 trechos regionais que interligam territórios de uma ou mais unidades da federação. A assessoria de comunicação da confederação explica que, para elaborar o ranking, são considerados a geometria, a sinalização e a pavimentação das vias. Além das estradas citadas pelo Guia Quatro Rodas, a lista também inclui trechos que envolvem a Engenheiro João Tosello (SP-147), entre Piracicaba e Mogi Mirim, além da Dom Pedro I (SP-065) e da Santos Dumont (SP-075).


Eixo rodoviário

Para o professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Carlos Alberto Bandeira Guimarães, que leciona no Departamento de Transporte e Geotecnia, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Campinas é considerada um centro logístico importante desde a época em que a cultura cafeeira era a principal atividade econômica da região e que, por conta disso, se consolidou um eixo ferroviário. "Décadas depois, a importância das rodovias superou a das ferrovias, mas a cidade continuou como um polo logístico, que é fundamental para atrair empresas."
  
O discurso é endossado pelo colega do departamento Diógenes Costa. Para ele, Campinas se consolidou como o grande ponto de entroncamento das principais rodovias do Estado, o que favoreceu o desenvolvimento da cidade. Tanto é, que muitas vezes o crescimento urbano se deu ao longo das vias. "Hoje, o tráfego urbano é constatado em rodovias como a D. Pedro I, Santos Dumont e Anhanguera, onde até obras como as marginais estão sendo implantadas para distribuir melhor o trânsito. A complementação do anel viário que integra todas as vias também é uma obra importante para reduzir esse fluxo."
  
A constatação sobre a qualidade das vias, porém, não eliminam críticas da população, direcionadas ao alto preço dos pedágios. O professor da Unicamp Cássio Eduardo de Lima Paiva, especialista em infraestrutura viária, afirma que esta é uma consequência do modelo adotado. "É o preço que se paga para ter a qualidade atestada neste tipo de levantamento. Ao mesmo tempo em que as rodovias representam uma atratividade em termos logísticos para a região, elas também impõem um custo significativo para os usuários", afirma o especialista.


SAIBA MAIS
  
RANKING QUATRO RODAS
    
1. SP-348 (Bandeirantes): São Paulo - Cordeirópolis
2. SP-070 (Ayrton Senna/Carvalho Pinto): São Paulo - Taubaté
3. SP-160 (Imigrantes): São Paulo - São Vicente
4. SP-280 (Castello Branco): São Paulo - Espírito Santo do Turvo
5. SP-340 (Adhemar de Barros): Campinas - Mococa
6. SP-330 (Anhanguera): São Paulo - divisa SP/MG
7. SP-310 (Washington Luís): Limeira - São José do Rio Preto
8. SP-225 (Com. João R. de Barros/Eng. Paulo N. Romano): Bauru- Itirapina
9. BR-290 (Freeway): Osório (RS) - Porto Alegre (RS) - Eldorado do Sul (RS)
10. BR-040 (Washington Luís): Rio de Janeiro (RJ) - Juiz de Fora (MG)


RANKING CNT

1. SP-255, SP-280/BR-374: São Paulo - Itaí - Espírito Santo do Turvo
2. SP-310/BR-364, SP-348 (Bandeirantes): São Paulo - Limeira
3. SP-147 (Engenheiro João Tosello), SP-147/BR-373: Piracicaba - Mogi Mirim
4. SP-225/BR-369: Bauru - Itirapina
5. BR-050, SP-330 (Anhanguera)/BR-050: São Paulo - Uberaba (MG)
6. SP-127, SP-127/BR-373: Rio Claro - Itapetininga
7. SP-065 (Dom Pedro I), SP-340 (Governador Dr Adhemar Pereira de Barros): Campinas - Jacareí
8. SP-255, SP-310/BR-364, SP-318, SP-334, SP-345: Araraquara - São Carlos - Franca - Itirapuã
9. SP-322, SP-322/BR-265, SP-323, SP-330/BR-050, SP-351: Catanduva - Taquaritinga - Ribeirão Preto
10. SP-075 (Santos Dumont), SP-340 (Governador Dr Adhemar Pereira de Barros), SP-342, SP-344: Sorocaba - Cascata - Mococa

http://www.sistemacnt.org.br/portal/webCanalNoticiasCNT/noticia.aspx?id=70d5db4d-9ec9-4d5d-9cb4-cd21d8b8fb43